domingo, 14 de agosto de 2011

Opinião: "A Mulher do Viajante no Tempo"

Título original: The Time Traveler's Wife
Autor: Audrey Niffenegger
Tradutor: Fernanda Pinto Rodrigues
Colecção: Grandes Narrativas nº 262
Editor: Editorial Presença
Edição/reimpressão: Novembro de 2004
ISBN: 9789722332743
Páginas: 484

Sinopse: Audrey Niffenegger estreia-se na ficção com um primeiro romance prodigioso. Revelando uma concepção inovadora do fenómeno da viagem temporal, cria um enredo arrebatador, que alia a riqueza emocional a um apurado sentido do suspense. Este livro é, antes de mais, uma celebração do poder do amor sobre a tirania inflexível do tempo, que para Henry assume contornos estranhamente inusitados - Cronos preparou-lhe uma armadilha caprichosa que o faz viajar a seu bel-prazer para uma data e um local inesperados. Uma obra inesquecível, que retrata a luta pela sobrevivência do amor no oceano alteroso do tempo.

A minha opinião: Demorei imenso tempo a escrever a minha opinião sobre este livro porque tenho dificuldade em conseguir exprimir o quanto me tocou... Mesmo já tendo passado para a leitura seguinte, dou por mim a "remoer" na sua história e, por isso, tenho sérias dúvidas que consiga expressar convenientemente o quão especial este livro é para mim. Por outro lado, não quero revelar spoilers, o que dificulta ainda mais esta tarefa...

Para começar devo confessar que, apesar de já ter lido várias opiniões positivas sobre este livro, a sua sinopse e a sua estrutura (analepses e prolepses) deixaram-me um pouco de pé atrás... Nunca fui grande fã de ficção cientifica e estava com algum receio por causa das viagens no tempo. Felizmente os meus receios eram totalmente infundados e Audrey Niffenegger conquistou-me completamente! A Mulher do Viajante no Tempo conta-nos a história de um amor que resiste às provações do tempo (e nunca esta frase fez tanto sentido como neste caso...) entre Henry um homem normalíssimo se não fosse pelo facto de, espontaneamente, desaparecer do seu tempo presente e surgir no passado ou no futuro, e Claire a mulher que o conhece desde os seis anos (apesar de ele só a conhecer aos 28...). A história é-nos contada alternadamente pelo ponto de vista de Henry e de Claire e é assim que vamos conhecendo as opiniões, dúvidas e receios de ambos.

Foi impossível não me compadecer de Henry e de Claire, por motivos distintos. De Henry, porque viajar no tempo não era algo que desejasse e também não era algo que pudesse controlar, e porque revivia situações extremamente penosas sem puder fazer nada para as alterar... De Claire pelo sofrimento que cada uma das ausências de Henry lhe causavam, por nunca saber por quanto tempo Henry estaria ausente ou sequer se regressaria...

A autora foi exímia a unir os pontos, no sentido em que situações que tinham ficado por explicar acabaram por ser explicadas à medida que a narrativa avançava (ainda que a resolução pudesse ter sido resolvida no passado...), mas algumas situações nunca foram explicadas, com muita pena minha.

É um livro que deve ser lido com bastante atenção e com alguma continuidade para que determinados pormenores não nos passem despercebidos e para que as ligações entre passado e presente façam sentido.

Há muito tempo que não lia uma história de amor contemporânea que me marcasse desta forma, é um livro que vou reler com toda a certeza! E considerando que é o romance de estreia da autora, fiquei bastante curiosa para ler Uma Inquietante Simetria. É sem dúvida uma autora que vou querer continuar a ler.

Classificação: 5

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Este livro conta para o Desafio What's in a Name 4 (Categoria Travel/Movement)

4 comentários:

  1. Apesar de não conhecer a autora tenho muita curiosidade em ler esse livro.

    Boas leituras!

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  2. Olá Landa. Eu adorei por isso só o posso recomendar!

    Boas leituras para ti também!

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  3. Adorei este livro. Adorei, adorei :) É um dos meus favoritos :)

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  4. Olá Cat. Sim, é mesmo fantástico! Também adorei!
    Já leste o Uma Inquietante Simetria?

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