Autor: Jane Austen
Tradutor: Fernanda Pinto Rodrigues
Editor: Editorial Presença
Edição/reimpressão: Junho de 2017
ISBN: 9789722321136
Páginas: 256
Editor: Editorial Presença
Edição/reimpressão: Junho de 2017
ISBN: 9789722321136
Páginas: 256
Sinopse: É em Persuasão, o último romance acabado de Jane Austen, que encontramos a sua heroína mais notável – Anne Elliot. Naquela que é a sua obra mais amadurecida, que descreve uma órbita de afastamento nítida em relação ao tom predominantemente satírico dos seus anteriores romances, Austen trata o carácter e os afectos da protagonista de uma forma que, sem perder totalmente de vista a ironia, é, sem sombra de dúvida, muito mais terna, e anuncia já uma percepção mais aberta e dinâmica da personalidade e comportamentos humanos. Uma história de amor, desenvolvida com profundidade e subtileza, proporciona o campo ideal para um estudo reflectido, que sustenta na sua linha de horizonte o complexo relacionamento entre os dois sexos, e no qual homem e mulher surgem como seres moralmente análogos.
A minha opinião: Apesar de ainda só ter lido Orgulho e Preconceito, vi adaptações de Sensibilidade e Bom Senso e Emma, pelo que sempre achei que as heroínas de Jane Austen eram determinadas e independentes. Anne Elliot parece ser a excepção à regra.
Há sete anos, e embora estivesse apaixonada por ele, Anne rejeita Frederick Wentworth, persuadida pela sua família e amigos que o achavam inferior a ela, por não ter nome, posição, nem fortuna. Arrependeu-se imediatamente, mas sabe que só se pode culpar a si própria, pelo que tenta viver a sua vida da melhor forma que consegue, tentando ser boa e generosa para todos, inclusivamente para a sua família que é, simplesmente horrível (especialmente o pai...).
Mas agora Wentworth, que havia partido para combater Napoleão após ser rejeitado por Anne, regressa triunfante, com a patente de Capitão, rico e prestigiado. Nada disso importa a Anne, que sempre o amou, mas agora não ousa sonhar num futuro com ele. Afinal, não iria ele pensar que o interesse dela se devia apenas à mudança das suas circunstâncias?
Só que não são só as heroínas de Jane Austen que são fantásticas, também os seus heróis o são e o Capitão Wentworth não é excepção... A carta que ele escreve a Anne revelando a imensidão dos seus sentimentos por ela é, certamente, das mais belas cartas de amor da ficção de sempre (incluo um excerto da mesma abaixo).
Tratando-se de um romance de Jane Austen, obviamente tem um final feliz, mas também tem uma crítica social da época acutilante. Não é o meu favorito da autora, mas isso não significa que não seja mesmo muito bom.
Classificação: 4
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