terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Opinião: "Warm Bodies"

Autor: Isaac Marion
Série: Warm Bodies #1
Editor: Vintage
Edição/reimpressão: Janeiro de 2013
ISBN: 9780099583820
Páginas: 302
Origem: Requisitado no NetGalley

Sinopse: 'R' is a zombie. He has no name, no memories, and no pulse, but he has dreams. He is a little different from his fellow Dead.

Amongst the ruins of an abandoned city, R meets a girl. Her name is Julie and she is the opposite of everything he knows - warm and bright and very much alive, she is a blast of colour in a dreary grey landscape. For reasons he can't understand, R chooses to save Julie instead of eating her, and a tense yet strangely tender relationship begins.

This has never happened before. It breaks the rules and defies logic, but R is no longer content with life in the grave. He wants to breathe again, he wants to live, and Julie wants to help him. But their grim, rotting world won't be changed without a fight...

A minha opinião: Devo começar por confessar que nunca achei piadinha nenhuma a zombies. A sério, de todas as criaturas paranormais, os zombies estão no final da minha lista de preferências. E por isso nunca tinha ligado muito a este livro. Até ter visto o trailer do filme e perceber que afinal não era uma espécie de Twilight com zombies, que tinha também humor à mistura. Por isso quando vi que uma Advanced Reading Copy estava disponível no NetGalley não resisti a requisitá-la e fiquei super contente quando o meu pedido foi aceite!

Warm Bodies passa-se num mundo pós-apocalíptico, em que existem zombies, e os vivos sobrevivem em comunidades que vivem em estádios. Nunca chegamos a saber o que se passou, pois os zombies não têm memória e os vivos não falam do passado. Vemos o mundo pelos olhos de R, um zombie sem nome, que apenas se lembra da inicial pela qual começa, e sem memória, que leva a existência normal de um zombie: deambula pelo aeroporto onde "vive" com os outros zombies, tenta ter uma conversa com o seu melhor amigo, M (sem grande sucesso, já que ambos têm a inerente dificuldade em falar de um zombie) e, quando a fome aperta, dirige-se à cidade e caça.

É numa destas caçadas que tudo muda. O grupo de zombies ataca um grupo de jovens, R come o cérebro de um rapaz e algo muito estranho acontece. R parece absorver as memórias desse rapaz e, sem ter tempo para pensar, faz o impensável, salva Julie, a humana que o rapaz amava. A partir deste momento, R começa a mudar, a desenvolver sentimentos por Julie e protege-a a todo o custo de tudo e de todos e começa a pensar que, só porque está morto, não quer dizer que não possa viver...

Gostei do desenvolvimento da relação entre R e Julie que, ao contrário do que eu pensava, não foi nada creepy, mas foi até ternurenta. Num mundo em que os humanos perderam a esperança, o portador da mesma ser um morto-vivo é uma ironia genial. E o autor foi exímio a demonstrar como às vezes são as pessoas que cometem as maiores atrocidades, enquanto os "monstros" conseguem manter a sua humanidade.

O livro está recheadinho de citações memoráveis, daquelas que nos deixam mesmo a pensar, de tão verdadeiras que são. Por isso desenganem-se, este não é um livro levezinho sobre o romance entre uma viva e um morto, é um tratado sobre a humanidade e como é importante mantê-la mesmo quando parece já não existir esperança.

Fiquei curiosa para ler a sequela pois, não só quero saber o que acontece a seguir, tenho também curiosidade em saber o que se passou para que o mundo ficasse naquele estado e porque surgiram os zombies (acho que o autor já explorou o antes numa prequela, mas tenho de pesquisar melhor). E agora tenho mesmo de ver o filme!

Classificação: 4

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Este livro conta para o Desafio Book Bingo 2013 (adaptado ao cinema/TV)

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