segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Opinião: "The Scarlet Letter"

Autor: Nathaniel Hawthorne
Colecção: Penguin Popular Classics
Editor: Penguin Books
Edição/reimpressão: 1994
ISBN: 9780140620801
Páginas: 224

Sinopse: The Scarlet Letter is the tragic story of a woman's shame and the cruel treatment she suffers at the hands of the Puritan society in which she lives.

A settler in New England, Hester Prynne has waited two years for her husband, an ageing English scholar, to join her. He arrives to find her in the pillory, a small baby in her arms. She must, as a punishement for her adultery, wear a scarlet 'A' embroidered on her breast and is consequently ostracized by her contemptuous neighbours.

Sworn to keep secret the identity of both her husband and her lover, Hester slowly wins the respect of society by her charitable acts. Her own strenght and the moral cowardice of the man who allows her to face guilt and shame alone are brought into sharp contrast in a dramatic and harrowing conclusion.

A minha opinião: Nem sei bem por onde hei-de começar... Talvez por dizer que achei este livro um daqueles casos em que a ideia até é boa, mas a concretização deixa muito a desejar. A escrita do autor é aborrecida e variadas vezes dava por mim a divagar de tal forma que nem me lembrava do que tinha acabado de ler. Acho mesmo que este poderá ser um dos raros casos em que a adaptação cinematográfica é superior ao livro, mas terei de ver o filme primeiro para tirar a teima.

Em primeiro lugar, caso estejam a pensar lê-lo também, ficam já a saber que podem saltar a introdução do autor. E porque sou amiguinha até vos faço um resumo. Basicamente o autor fala dos seus antepassados e do "desprezo" que sente pelos falsos moralismos puritanos (sendo que teve antepassados puritanos) e da sua carreira que o levou até à Custom House. E é aí que terá encontrado um pedaço de tecido escarlate bordado a linha dourada, na forma da letra A, e um manuscrito escrito pelo seu predecessor e onde era relatada a história que inspirou o livro. E com isto já vos poupei a leitura de 40 páginas que parecem demorar 40 dias a ler...

Em relação à história propriamente dita, esta começa com a humilhação pública de Hester Prynne, condenada por adultério, uma vez que está na colónia há dois anos à espera que o seu marido se junte a ela, e surgiu grávida. Hester está no pelourinho com um bebé nos braços e um 'A' pregado no peito e continua a recusar-se a revelar o nome do seu amante. No público encontra-se um homem de idade, desconhecido na colónia, mas que se apresenta como sendo um médico. De volta à cadeia, a bebé não sossega e o médico é chamado para a ver. É aqui que ficamos a saber que se trata do marido de Hester, finalmente chegado à colónia. Conversam e o marido confessa a sua própria culpa na desgraça de Hester, por ter casado com uma mulher tão jovem. Diz-lhe que estão pagos, mas que ainda irá descobrir a identidade do seu amante e com ele ajustar contas, e exige-lhe segredo em relação à sua verdadeira identidade.

Passam sete anos e a filha de Hester, Pearl, entretanto cresceu, mas praticamente apenas tem contacto com a mãe e revela-se uma criança de certo modo selvagem e muito temperamental. Penso que o autor quis transformar a criança numa espécie de prolongamento da letra escarlate, enquanto símbolo vivo da vergonha da mãe, mas para mim exagerou. Pearl sai-se com tiradas completamente desajustadas para a sua idade e parece quase ter uma intuição sobrenatural que me pareceu muito forçada.

A identidade do amante foi muito fácil de adivinhar e este serviu para mostrar o quanto a vergonha e o pecado escondidos podem ser muito mais prejudiciais do que revelados. A sua saúde é consumida por ambos, mas não tem coragem de revelar o segredo e, assim, aliviar a sua consciência.

A temática do moralismo e do pecado está presente em toda a história e a sociedade puritana é fortemente atacada pelo autor. E posso dizer que o tema e a história até me agradaram, mas a escrita do autor fez com que a leitura deste livro fosse uma tarefa penosa e não a actividade prazenteira que poderia ter sido...

Classificação: 2

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Este livro conta para o Desafio Fall Into Reading 2012, Mount TBR 2012, What's in a Name 5 (algo que possa estar num bolso) e Color Coded 2012.

2 comentários:

  1. Tenho-o para ler há algum tempo… a tua opinião não me inspirou a pegar nele mais depressa :D

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  2. Bem, lá por eu não ter gostado muito dele, não quer dizer que tu não vás gostar... Pode ser que o problema seja meu, afinal o livro é um clássico por algum motivo.

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