domingo, 31 de outubro de 2010

Opinião: "Rebecca"

Título original: Rebecca
Autor: Daphne du Maurier
Tradutor: Lucinda Santos Silva
Colecção: Obras Literárias Escolhidas nº 4
Editor: Editorial Presença

Edição/reimpressão: Março de 2009

ISBN: 9789722341035
Páginas: 400


Sinopse: Publicado em 1938, Rebecca é talvez o romance por que Daphne du Maurier é hoje mais lembrada. O seu sucesso junto do público foi imediato: conheceu 28 reedições em quatro anos só na Grã-Bretanha e a versão cinematográfica assinada por Alfred Hitchcock em 1940 venceu dois Óscares. Ao longo das décadas, Rebecca tem sido avaliado pela crítica à luz de diferentes abordagens, mas, como todos os clássicos, continua a desafiar as categorizações comuns. Ao lê-lo entramos numa atmosfera onírica, sombria, alimentada por segredos que os códigos sociais obrigam a permanecer ocultos e que se concentram na misteriosa mansão Manderley. É para esta mansão que a narradora, uma jovem passiva e humilde, vai viver com o viúvo Maxim de Winter, ao aceitar o seu pedido de casamento. Mas então descobre que a memória da falecida esposa, Rebecca, se encontra ainda bem viva e que esta era tudo o que ela nunca será. À medida que o elíptico enredo se desenvolve, levantando algumas questões ambivalentes, ela terá de redefinir a sua identidade num cenário em que os sonhos ameaçam tornar-se pesadelos…


A minha opinião: Depois de ler opiniões bastante positivas sobre este livro, como a da Fernanda do As Leituras da Fernanda, percebi que teria de ler este livro. E não me arrependo mesmo nada...

Tal como um cozinhado em lume lento, esta é uma história em que a tensão se acumula lentamente. Tal como é referido na sinopse, a protagonista muda-se para Manderley, a propriedade de Maxim De Winter, depois de casarem. Contudo, logo à chegada percebe que a presença de Rebecca, a falecida Mrs De Winter, ainda se faz sentir por todo o lado e por todos à sua volta... E para agravar, Rebecca era tudo aquilo que a protagonista não é...

Esta história é um exemplo perfeito de como, por vezes, somos nós, com os nossos medos e inseguranças, os responsáveis pela nossa própria infelicidade.
 

Uma das coisas que me suscitou mais curiosidade foi o facto da protagonista, logo ao início, referir que nunca mais regressaram a Manderley. E ao longo da leitura várias foram as hipóteses que me passaram pela cabeça, mas confesso que nunca imaginei o motivo... Mas adorei o facto da autora apenas revelar este motivo nos últimos parágrafos do livro.

Fiquei mesmo muito curiosa por ver a adaptação cinematográfica de Hitchcock (de que deixo aqui o trailer) e sem dúvida vou querer ler mais livros da autora.

 


Classificação: 4

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