A minha opinião: O ano é 1845 e toda a sociedade londrina está em alvoroço com a visita do príncipe herdeiro de Alucia, o príncipe Sebastian. Incluindo Eliza Tricklebank, que conseguiu um dos cobiçados convites para o baile de máscaras onde o príncipe vai estar presente. Aos 28 anos, Eliza é considerada uma solteirona, e já não acredita em contos de fadas, mas não deixa de estar excitada com a perspectiva de ver o príncipe.
Já no baile, Eliza separa-se da irmã e da amiga com quem foi e, para evitar ser colocada junto com as outras encalhadas, esconde-se num corredor de serviço onde um empregado lhe serve ponche de rum que rapidamente lhe sobe à cabeça... Quando um homem mascarado surge da outra ponta do corredor, Eliza, já sob o efeito do segundo copo de ponche, mete conversa e oferece-lhe do seu copo. O homem é aluciano e, após uma breve hesitação, aceita. E há um momento claro de sedução em que ele parece ir beijá-la...
De volta ao baile, Eliza mete-se numa fila de raparigas, só para descobrir que a fila é para serem apresentadas ao príncipe. Só que não era suposto que ela ali estivesse... Afinal, todas as moças aí presentes foram convidadas por serem casadoiras, coisa que ela claramente já não é... Mas quando ela vê que o príncipe é o homem com quem esteve no corredor, está determinada a ser apresentada a ele. Só que, quando já só havia uma moça à sua frente, o príncipe resolve ir embora e ela, cheia de coragem líquida, salta-lhe para a frente, o que faz com que ele a pise. Não interessa... Missão cumprida, ela conseguiu conhecer um príncipe!
Sebastian está em Inglaterra porque quer garantir um acordo comercial vantajoso para Alucia e que garanta a modernização do seu país que ele tanto quer conseguir. No entanto, em troca, o seu pai exige que ele escolha uma noiva inglesa garantindo, assim, a continuação da linhagem. Ele está conformado, mas não tem muita pressa em escolher. Afinal, todas as raparigas que lhe são apresentadas são iguais... O que ele quer é passar a noite com uma ruiva que conheceu anteriormente e é isso que acontece. Mas a sua luxúria é tão grande que dispensa o seu secretário pessoal quando este parece ansioso por falar consigo.
Quando Matous, que não era só seu secretário, mas também seu amigo, aparece morto no dia seguinte, Sebastian não consegue deixar de pensar que se tivesse falado com ele na véspera, talvez ele ainda estivesse vivo. E promete a si próprio que não deixará Inglaterra antes de descobrir o culpado. Só que a polícia inglesa está convencida que o assassinato está relacionado com a guerra em que Alucia está envolvida há anos com o país vizinho, Wesloria, e não se esforça particularmente para resolver o crime.
Entretanto, Eliza voltou à sua vida habitual, a ajudar o pai, que está cego, no seu trabalho de juíz, lendo para ele; e a irmã, que é viúva, e que publica uma gazeta para damas. Ela lembra-se do homem que morreu e que foi gentil com ela depois do príncipe a ter pisado. Quando um bilhete misterioso dirigido ao pai dela surge junto com a correspondência diária, ela partilha o seu conteúdo com a irmã que não resiste a publicá-lo.
O príncipe confronta o inspector responsável pela investigação com a gazeta na qual se insinua que um dos ministros que o acompanha está envolvido na morte de Matous, mas este claramente não dá qualquer importância à pista. E Sebastian resolve ir ele mesmo a casa do magistrado investigar. Faz-se acompanhar do irmão e é recebido por Eliza (que não reconhece). Mas quando ele a tenta intimidar com o seu título e posição, é rapidamente posto na rua...
Nunca ninguém o tratou assim, o que torna Eliza muito intrigante e frustrante para ele. Eventualmente chegam a um acordo e tentam, juntos, descobrir a identidade do assassino. Mas quanto mais tempo passam juntos (o que, geralmente, envolve que ele se disfarce), mais encantado com Eliza ele fica. E ela começa a conhecer o homem para além do título, e é esse o homem por quem se apaixona, mesmo que o negue até ao fim. Mas um príncipe e uma plebeia nunca ficam juntos na vida real, certo? Resta-lhes apenas aproveitar o pouco tempo que têm juntos antes que ele tenha de escolher uma noiva e partir para Alucia...
Adorei
The Princess Plan, um título que só faz sentido mesmo no final. O Sebastian começa por ser um bocadinho irritante, mas depressa se percebe como ele realmente é quando está com pessoas em quem confia. Infelizmente, para além do irmão e de Matous, não há ninguém em quem ele possa confiar a 100%. Até conhecer Eliza.
Ela é encantadora. Tendo sido seduzida e enganada há dez anos foi, obviamente, contra ela que a sociedade ficou. Mas ela está conformada e satisfeita com a vida que tem. Até conhecer Sebastian e perceber tudo aquilo que nunca poderá ter. Adoro o facto dela nunca se deixar intimidar pelo facto de ele ser um príncipe e nunca se abster de lhe dizer o que pensa. Eles são tão adoráveis juntos...
Tratando-se de um romance, o final feliz tinha de estar garantido, mas confesso que tive momentos em que pensei "mas como é que a autora vai dar a volta a isto?". Felizmente dá e muito bem. E não o posso recomendar mais.
Espero muito que o próximo seja a história da irmã, Hollis, e espero que o seu par romântico seja quem parece ir ser. Embora eu também não esteja a ver como é que a autora vai dar a volta aquilo, mas tenho plena confiança que irá conseguir!
Classificação: 5