Autor: John Harding
Tradutor: Não é indicado
Tradutor: Não é indicado
Editor: Livros d'Hoje
Edição/reimpressão: Junho de 2010
ISBN: 9789722040884
Páginas: 288
Sinopse: 1891. Nova Inglaterra.
Numa mansão distante e decadente, onde nada é o que parece, dois irmãos
são deixados à mercê de criados e regras ditadas por um tio negligente. A
jovem Florence, de apenas 12 anos, passa os dias a tomar conta do seu
irmão mais novo Giles e a deambular pelos corredores, numa rotina
entediante e desinteressante. Até que, um dia, a menina encontra na
mansão um lugar proibido: uma biblioteca fechada e empoeirada, pela qual
se apaixona.
Mas naquela casa existem segredos sombrios que não
deveriam ser revelados. Porque é que Florence sonha sempre com uma
mulher misteriosa que insiste em ameaçar o seu irmão? Que segredo
esconde a nova preceptora e porque Florence tem dela um medo
sobrenatural? E porque é que o seu tio não permite que ela aprenda a
ler? Florence precisa de encontrar muitas respostas - sejam elas
inventadas ou não, e soluções nem sempre fáceis para proteger Giles, e o
seu amor pelos livros, antes que alguém descubra quem ousou abrir as
portas daquele mundo literário.
A minha opinião: Mais um livro que li por causa da Comunidade de Leitores. A sinopse apontava para uma história mesmo ao meu gosto e até foi, mas apenas até ao final que, para mim, estragou tudo...
Bem, mas comecemos pelo início. A menina que não sabia ler conta-nos a história de Florence, uma menina de 12 anos que vive sozinha com o meio-irmão mais novo Giles e os empregados da casa. Tanto o pai de ambos como as suas mães já morreram e Florence tem apenas uma breve lembrança do pai e da madrasta. Estão agora à guarda de um tio que nunca conheceram e que não se preocupa particularmente com nenhum deles.
Os dias são monótonos, especialmente porque o tio não consente que Florence aprenda a ler. Mas depois de descobrir a biblioteca, Florence apaixona-se pelos livros e acaba por aprender a ler sozinha e em segredo. E, depois de Giles ter partido para a escola, divide os dias entre as suas leituras secretas e as visitas do vizinho Theo.
Contudo Giles não se adapta à escola e regressa a casa. E aquilo que deveria ter sido uma época feliz, acaba por se revelar algo muito diferente com a chegada da nova perceptora de Giles...
Florence sempre teve pesadelos com uma mulher debruçada sobre a cama do seu irmão e a ameaçá-lo, mas desta vez não se trata de um pesadelo... Florence está bem acordada quande vê a perceptora na posição da mulher do seu sonho e a fazer exactamente o mesmo.
A partir daí assistimos a uma batalha entre a perceptora misteriosa e que parece ter poderes sobrenaturais e a pequena Florence determinada a proteger o irmão a qualquer custo.
Até aqui estava a gostar bastante da história até porque, ao contrário da Florence, percebi logo a identidade da perceptora. E se há algo que não posso apontar ao autor é que seja previsível, pois a história definitivamente não tomou o rumo que eu esperava. Infelizmente, não gostei do rumo que tomou...
Eu podia compreender muitas das atitudes da Florence, mas há algo que não consigo perdoar. Perdi completamente a empatia que tinha com ela e o que era uma personagem com a qual me conseguia identificar acabou por se revelar totalmente diferente daquilo que parecia. O que acaba por chocar ainda mais considerando que tem apenas 12 anos...
E depois há demasiadas coisas que ficam por contar. Afinal como morreram os seus pais? O motivo pelo qual o tio não deixou Florence aprender a ler é realmente aquele que é referido? E porque despreza ele os sobrinhos? E os fenómenos paranormais que Florence presenciou, estavam apenas na sua imaginação ou não?
Enfim, demasiadas pontas soltas para o meu gosto, mais aquele acontecimento no final que não consigo perdoar fizeram-me baixar consideravelmente a classificação de uma leitura que, até ao final, estava a ser bastante agradável.
Classificação: 3
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Este livro conta para o Desafio Monthly Motif Challenge 2015 (Library Love)
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