CONTÉM SPOILERS PARA AS SÉRIES
TWILIGHT, OUTLANDER E HARRY POTTER
Se leram a minha opinião do quarto livro da série Twilight, Breaking Dawn, sabem o quão irritada fiquei com a autora por ter criado toda a expectativa de conflito iminente, uma guerra até, onde, pelo menos uma personagem do núcleo principal (mas não necessariamente uma das personagens principais) inevitavelmente teria como destino a morte, e depois, mesmo no pico do clímax... Nada. Niente. Rien de rien. Nadica di nada. Não morre ninguém. Nem sequer chega a haver batalha. Na altura teorizei que provavelmente a autora se tinha apaixonado de tal forma pelas personagens que criou que foi incapaz de lhes dar um final que não fosse feliz. E isso desapontou-me imenso.
Pois bem, agora deparei-me com a situação inversa. Diana Gabaldon criou, na sua série Outlander, uma das personagens masculinas mais crushable de sempre. E depois faz-lhe as piores maldades imagináveis. Sim, o rapaz foi preso, açoitado, torturado, partiram-lhe ossos e até o violaram! o_O Chegou ao ponto em que o próprio personagem desejou a morte! Confesso que ver tanta maldade a acontecer ao protagonista me deixou bastante desconfortável. Achei mesmo que não havia necessidade de tanto sofrimento e temo pelo impacto que terá na sua personalidade daqui para a frente... E temo por mim própria que não sei se aguento ler o que mais a autora tem reservado para o Jamie nos livros seguintes.
Epá nem 8 nem 80! Quem dominou perfeitamente o rácio, na minha opinião, foi a J.K. Rowling na saga Harry Potter, que foi capaz de proporcionar um final feliz aos personagens principais, embora os tenha feito passar por muitas tribulações, sofrimento e desgosto. E foi capaz de matar personagens importantes quando tinha de ser, porque numa batalha há baixas de ambos os lados. Porque a vida não é cor de rosa (ouviste Stephenie Meyer?), mas também não é um mar de espinhos (esta é para ti Diana Gabaldon), é algo no meio, e encontrar esse equilíbrio é muito importante.
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