sábado, 12 de dezembro de 2015

Opinião: "Se fosse fácil era para os outros"

www.wook.pt/ficha/se-fosse-facil-era-para-os-outros/a/id/14039127?a_aid=4e767b1d5a5e5&a_bid=b425fcc9 Autor: Rui Cardoso Martins
Editor: Dom Quixote
Edição/reimpressão: 2012
ISBN: 9789722050852
Páginas: 248

Sinopse: O mundo é pequeno mas redondo e nunca acaba.
Um cartão de crédito é resgatado da morte e paga a viagem de uma vida. Há dinheiro?, foge amigo para qualquer lado. Mas guarda os teus pesadelos no bolso. E não caminhes fora da tua cabeça, romântico de aço, coração de kevlar, turista da ilusão. Salta do carrossel enferrujado da Europa. Foge para o Oeste Selvagem da América, conhece o Pior Povo do Mundo. Morre se tiver de ser.
Se fosse fácil era para os outros. Cinco homens partem para a única aventura que interessa: fazem tudo o que sempre quiseram e são exactamente o que são. 

A minha opinião: Escrever uma opinião sobre Se fosse fácil era para os outros não foi fácil para mim... O que explica porque é que demorou tanto a surgir por aqui. Mas mesmo não sendo fácil, vou dar o meu melhor para explicar do que trata tentando não revelar muito, por forma a não privar ninguém do prazer de o descobrir.

A história é-nos contada sempre do ponto de vista do narrador que começa a sua narração dirigindo-se à sua falecida mulher. E percebemos que apesar de todos lhe começarem a dizer que é altura de avançar, ele ainda não está preparado. E tomou uma decisão. No meio de toda a correspondência que continua a receber em nome da mulher, surgem dois cartões de crédito novinhos em folha e ele decide pegar em três amigos (há um quarto que já lá está e que se junta a eles entretanto) e ir viajar pela América à conta dos ditos cartões.

E a partir daí vamos acompanhando os cinco amigos nas suas aventuras e desventuras por terras do Tio Sam e, embora apenas tenhamos a perspectiva do narrador, cedo se torna evidente que todos eles têm um motivo para fazer aquela viagem, uma viagem de auto-descoberta e uma catarse para cada um deles que os mudará irrevogavelmente...

Não foi fácil entrar na história, pois o narrador tem alguma tendência para se dispersar em pensamentos e em relembranças, mas eventualmente, quando a história assume contornos mais negros do que os que tinha inicialmente pensado, prendeu-me e já só queria saber o que iria acontecer de seguida.

Li este livro por causa da Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal e escolhi-o na primeira sessão desta edição, na qual nos foi proposto analisar os vários livros propostos baseando-nos somente nas suas capas. E fui imediatamente atraída pela capa de Se fosse fácil era para os outros. Defeito de formação, mas enquanto geógrafa sou irremediavelmente atraída por mapas e bússolas... Avancei para a leitura sem expectativas e tive uma agradável surpresa. Por vezes julgar um livro pela sua capa até corre bem... Ainda mais neste caso em que a capa não podia ser mais adequada à história!
 
Classificação: 3

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