terça-feira, 26 de outubro de 2021

Opinião: "A Última Carta de Amor"

Título original: The Last Letter from Your Lover
Autor: Jojo Moyes
Tradutor: Cristina M. Queiroz
Editor: Porto Editora
Edição/reimpressão: Junho de 2012
ISBN: 9789720043702
Páginas: 456


Sinopse: Algumas palavras podem terminar uma relação ou fazer renascer um amor perdido.

Inglaterra, 1960. Quando Jennifer Stirling, uma mulher de vinte e sete anos, acorda no hospital, após um trágico acidente de automóvel, não tem qualquer lembrança da sua vida passada. Não reconhece o marido, não recorda a sua própria casa e tão-pouco se identifica com a vida que lhe dizem ser a sua. Quando encontra uma carta apaixonada, escrita por um homem que assina apenas «B» e que lhe pede para abandonar o marido, irá a todo o custo tentar descobrir a identidade desse homem, enquanto enfrenta os preconceitos sociais estabelecidos. 

Anos volvidos, em 2003, uma outra mulher, Ellie, descobre nos arquivos poeirentos do jornal onde trabalha a mesma carta enigmática. Fica de imediato obcecada pela história, que lhe permitirá escrever um artigo que relance a sua carreira e talvez até a ajude a lidar com a sua própria vida amorosa. Afinal, se aquela história tiver tido um final feliz, quem lhe garantirá que o homem com quem se envolveu não acabe também por deixar a mulher? 

Uma história de amor apaixonante e arrebatadora, com um final absolutamente inesperado.


A minha opinião: Demorei quase um mês a ler este livro porque, no início, ficamos logo a saber que uma das personagens, Ellie Haworth, tem um caso com um homem casado. E nem sequer foi enganada, porque sabia perfeitamente que ele era casado quando se envolveu com ele... Os amigos tentam fazê-la ver que ele nunca vai deixar a mulher, como ela não gostaria que lhe acontecesse a ela, e Ellie ainda se zanga com eles... Não gostei da Ellie... Felizmente a linha temporal do passado agradou-me muito mais, ainda que também tenha traição... 

Tudo começa quando Ellie encontra, no arquivo do jornal onde trabalha, uma carta apaixonada de um homem que pede à mulher que ama que deixe o marido e parta com ele. A carta é de 1960, está apenas assinada com "B" e endereçada ao Apartado 13. Não é muito, mas Ellie fica obcecada em descobrir quem a enviou, a quem, e como terminou a história deles. 

Entretanto, em 1960, Jennifer Stirling acorda no hospital sem memória. Teve um acidente e, quando recupera, faz o que se espera dela e regressa à casa que não reconhece com o marido de que não se lembra e tenta continuar com a vida que não lhe parece ser a sua. Só quando encontra a carta que Ellie irá encontrar no futuro sente finalmente que algo faz sentido na sua vida. E faz de tudo para tentar encontrar o homem que a escreveu, ainda que não se lembre dele... 

Gostei bastante da história da Jennifer e do seu romance. Ainda que ela tenha sido infiel ao marido, as suas circunstâncias não eram exactamente as mesmas da Ellie. Afinal, naquela época era esperado que fosse uma mulher troféu, e ela encontrou alguém que a amava verdadeiramente e com quem poderia ter uma relação de igualdade. E ela tentou fazer a coisa certa. Várias vezes. 

Já a Ellie, faz a coisa errada repetidamente. Na sua busca pela verdade sobre a carta, sobre a qual tem de escrever um artigo que pode muito bem ser a sua última hipótese de manter o emprego (a idiota tem descurado o trabalho desde que começou o caso), conta com a ajuda de Rory, que trabalha no arquivo do jornal. Há uma imediata afinidade entre eles, ele está claramente interessado, mas a idiota continua com a ilusão de que a sua relação com o homem casado ainda pode resultar. Mereceu o que lhe aconteceu e o Rory devia tê-la feito implorar mais... 

O final tem uma reviravolta muito agradável. Não é o meu livro preferido da autora, mas vale só pelas cartas do "B". Como a linha temporal do presente comprova, emails e mensagens de texto não são a mesma coisa... 


Classificação: 4


Enredos: dupla linha temporal, amor proibido, traição, mistério. 


Fonte

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