domingo, 14 de dezembro de 2014

Opinião: "Crime na Mesopotâmia"

www.wook.pt/ficha/crime-na-mesopotamia/a/id/41097?a_aid=4e767b1d5a5e5&a_bid=b425fcc9
Título original: Murder in Mesopotamia
Autor: Agatha Christie
Tradutor:
Colecção: Obras de Agatha Christie nº11
Editor: Edições Asa
Edição/reimpressão: Março de 2006
ISBN: 9789724130569
Páginas: 224

Sinopse: Amy Leatheran é uma jovem enfermeira encarregada de acompanhar o casal Kelsey na sua viagem para Bagdade. Finda a tarefa para a qual fora contratada, Amy prepara o seu regresso a Londres quando é inesperadamente contactada pelo Dr. Leidner, um arqueólogo de renome, para dar assistência à sua mulher, Louise. De facto, Louise é uma pessoa extremamente nervosa e sofre de súbitos e incontroláveis ataques de pânico. No cenário longínquo de uma escavação arqueológica nas margens do rio Tigre, Amy conquista o afecto e a confiança de Louise, que lhe faz confidências sobre o seu passado e chama a atenção para os estranhos acontecimentos que ocorrem no acampamento e cuja origem é unanimemente atribuída aos seus próprios problemas nervosos. Mas depressa se torna óbvio que as suas suspeitas estavam correctas. E quando a tensão atinge o seu auge eis que surge o inigualável Hercule Poirot, numa oportuna viagem pela Mesopotâmia. Por entre um labirinto de segredos e mentiras, Poirot parece, desta vez, ter chegado tarde de mais…

A minha opinião: É verdade, desta vez Poirot chegou tarde demais e o crime já ocorreu quando entra em cena. Por isso, conta apenas com os testemunhos de quem privou com Mrs. Leidner, bem como com as suas impressões da observação dos mesmos. Isto porque o crime é um locked room mistery (mistério de quarto fechado), ou seja, a vítima morreu no seu quarto e, havendo apenas uma entrada e saída do acampamento, e estando a mesma constantemente vigiada na altura do crime, isso significa que um dos residentes do acampamento teve de ser, forçosamente, o assassino. Mas, tratando-se de um mistério de Agatha Christie, já se sabe que as coisas nunca são exactamente o que parecem...

Desta feita Poirot está a viajar sozinho e acaba por ser a enfermeia Amy Leatheran a sua parceira de investigação. Esta tinha sido contratada para acompanhar a vítima, que julgava estar em perigo de vida. E, apesar de ninguém levar os seus temores muito a sério, o seu marido achou preferível ter alguém com a mulher que lhe pudesse acalmar os nervos. Mas Mrs. Leidner confidencia com a enfermeira o motivo por detrás do medo que sente, o que acaba por fornecer um suspeito quando esta aparece morta. O problema é que o suspeito mais viável está supostamente morto. E, não estando morto afinal, qual a identidade falsa que assumiu ao participar na expedição? E, se não foi ele, quem mais teria motivo para querer a vítima morta?

A história é-nos contada da perspectiva da enfermeira Leatheran, já que a mesma foi das pessoas que mais contacto teve com a vítima, e depois colaborou com Poirot na investigação. Gostei muito de ler uma história de Agatha Christie contada da perspectiva de uma personagem feminina, já que, geralmente, ou o narrador é não participante, ou é um personagem masculino.

E o mistério e a sua respectiva resolução também não desiludem, apesar de ter conseguido perceber algumas coisas antes de terem sido reveladas. E adorei o pormenor de, no final, ser referido que Poirot regressou a casa no famoso Expresso do Oriente...

Classificação: 4

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Este livro conta para os Desafios Vintage Mystery BINGO 2014 (Features a Nurse), Cruisin' thru the Cozies 2014, TBR Pile 2014, Mount TBR 2014 e Monthly Motif Challenge 2014 (Oldie but Goodie)

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