Editor: Caminho
Edição/reimpressão: Maio de 1991
ISBN: 9722105922
Páginas: 88
Sinopse: O Beco das Sardinheiras é um beco como outro qualquer, encafuado na parte velha de Lisboa. Uns dizem que é de Alfama, outros que é já de Mouraria e sustentam as suas opiniões com sólidos argumentos topográficos, abonados pela doutrina de olissiponenses egrégios. Eu, por mim, não me pronuncio. Tenho ideia de que ali é mais Alfama, mas não ficaria muito escarmentado se me provassem que afinal é Mouraria.
Creio que o nome lhe vem das sardinheiras que exibem um carmesim vistoso durante todo o ano, plantadas num canteiro, que rompe logo à esquina, não longe da drogaria que já fica na Rua dos Eléctricos.
A gente que habita o Beco é como a demais, nem boa nem má. Tem sobre os outros lisboetas um apego ainda maior ao seu sítio e às suas coisas. Desde há muito tempo que não há memória que algum dos do beco tenha emigrado de livre vontade.
A minha opinião: Este é o primeiro livro de Mário de Carvalho que leio e, embora tenha gostado, não posso dizer que me tenha encantado. Num pequeno conjunto de contos, de pequenos episódios, o autor faz o retrato de um bairro lisboeta fictício, mas igual a tantos outros bairros lisboetas reais, com as suas próprias regras, com as suas crendices e com personagens bastante caricatos. E há reminescênias do realismo mágico de Allende ou Márquez adaptado à realidade portuguesa.
Os contos são independentes, mas alguns acabam por se interligar e as personagens repetem-se. Afinal, são todos vizinhos do mesmo bairro. Há uma certa inocência na forma como os habitantes do Beco das Sardinheiras encaram a vida, e o espírito de entreajuda é muito forte. Mas há também uma certa crítica à crendice popular e ao chico-espertismo no relato destes personagens.
Enfim... no fundo, no fundo, o que realmente importa é não confundir género humano com Manuel Germano!
Sinopse: O Beco das Sardinheiras é um beco como outro qualquer, encafuado na parte velha de Lisboa. Uns dizem que é de Alfama, outros que é já de Mouraria e sustentam as suas opiniões com sólidos argumentos topográficos, abonados pela doutrina de olissiponenses egrégios. Eu, por mim, não me pronuncio. Tenho ideia de que ali é mais Alfama, mas não ficaria muito escarmentado se me provassem que afinal é Mouraria.
Creio que o nome lhe vem das sardinheiras que exibem um carmesim vistoso durante todo o ano, plantadas num canteiro, que rompe logo à esquina, não longe da drogaria que já fica na Rua dos Eléctricos.
A gente que habita o Beco é como a demais, nem boa nem má. Tem sobre os outros lisboetas um apego ainda maior ao seu sítio e às suas coisas. Desde há muito tempo que não há memória que algum dos do beco tenha emigrado de livre vontade.
A minha opinião: Este é o primeiro livro de Mário de Carvalho que leio e, embora tenha gostado, não posso dizer que me tenha encantado. Num pequeno conjunto de contos, de pequenos episódios, o autor faz o retrato de um bairro lisboeta fictício, mas igual a tantos outros bairros lisboetas reais, com as suas próprias regras, com as suas crendices e com personagens bastante caricatos. E há reminescênias do realismo mágico de Allende ou Márquez adaptado à realidade portuguesa.
Os contos são independentes, mas alguns acabam por se interligar e as personagens repetem-se. Afinal, são todos vizinhos do mesmo bairro. Há uma certa inocência na forma como os habitantes do Beco das Sardinheiras encaram a vida, e o espírito de entreajuda é muito forte. Mas há também uma certa crítica à crendice popular e ao chico-espertismo no relato destes personagens.
Enfim... no fundo, no fundo, o que realmente importa é não confundir género humano com Manuel Germano!
Classificação: 3
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