Fonte |
A Academia Sueca atribuiu ontem o Prémio Nobel da Literatura 2016 ao músico norte-americano Bob Dylan "por ter criado novas expressões poéticas na grande tradição da canção americana". Sara Danius, secretária permanente da Academia Sueca, reconhece a potencialidade para a controvérsia que a distinção de alguém cujo ofício é o das canções tem, mas afirma que Bob Dylan "pode ser lido e deve ser lido. É um grande poeta na tradição inglesa, na grande tradição poética inglesa.”
Em Portugal tem publicado, pela Relógio D’Água, as suas Canções: 1962-2001, em dois volumes (Canções - Volume I (1962-1973) e Canções - Volume 2 (1974-2001)); pela Ulisseia, Crónicas - Volume I, o primeiro volume da sua autobiografia; e pela Quasi, Tarântula, o primeiro livro de Bob Dylan, escrito numa prosa poética de carácter fortemente experimental, provavelmente influenciada por autores da beat generation, como Jack Kerouac, William S. Burroughs ou Allen Ginsberg.
Pessoalmente sinto-me um bocado dividida. Por um lado acho que é uma justa homenagem à poesia que existe nas letras das músicas. Por outro, não deixo de pensar que a escolha foi motivada pelo facto do júri não ter chegado a acordo em relação a nenhum dos outros nomeados... Também não ajuda o facto de, apesar de gostar de algumas das suas músicas, não ser propriamente fã do músico. É que isto na música, tal como na literatura, é sempre uma questão de gosto...*
Agora a ver se legalizam as casas de apostas em Portugal que, pelo rumo que isto leva, vou apostar que para o ano ganham o Frank Miller ou o Alan Moore...**
Sem comentários:
Enviar um comentário