terça-feira, 26 de julho de 2022

Opinião: "No Café da Juventude Perdida"

Título original: Dans le café de la jeunesse perdue
Autor: Patrick Modiano
Tradutor: Isabel St. Aubyn
Editor: Asa
Edição/reimpressão: Outubro de 2014
ISBN: 9789892304540
Páginas: 112


Sinopse: Paris, anos 60. No café Condé reúnem-se poetas malditos, futuros situacionistas e estudantes. À nostalgia que impregna aquelas paredes junta-se um enigma personificado numa mulher: todas as personagens e histórias confluem na misteriosa Louki. Quatro homens contam-nos os seus encontros e desencontros com a filha de uma empregada do Molin-Rouge. Para quase todos eles, ela encarna o inalcançável objecto de desejo. Louki, tal como todos os boémios que vagueiam por uma Paris espectral, é uma personagem sem raízes, que inventa identidades e luta por construir um presente perpétuo. Modiano recria em redor da fascinante e comovente personagem desta mulher a Paris da sua juventude, enquanto constrói um maravilhoso romance sobre o poder da memória e a busca da identidade.


A minha opinião: Voltei a dar uma oportunidade a Patrick Modiano com este No Café da Juventude Perdida e, sinceramente, não é autor para mim. Consigo perceber o porquê da sua popularidade (o autor escreve muitíssimo bem), mas o seu estilo não é para mim…

No Café da Juventude Perdida passa-se na Paris dos anos 60 e tem como cenário principal o café Condé e que é um ponto de encontro de estudantes, poetas e artistas, todos eles insatisfeitos com a sociedade. A história é contada por quatro narradores e centra-se sobretudo na personagem Louki (também ela narradora da história).

Todos os narradores parecem encantados/obcecados com Louki e com o mistério de quem ela realmente é e de onde vem. O véu do mistério começa a ser levantado quando é ela a narradora, e continua com o narrador seguinte. A verdade é que a sua história é triste e trágica, o que talvez explique a persona que ela criou. Todos a amam e admiram e querem um pedaço dela, mas ninguém a conhece verdadeiramente. Não a pessoa real…

Quando comecei o livro pensei que fosse um retrato da época, contudo, é uma história de obsessão com uma mulher imaginada. Não fiquei a saber grande coisa sobre nenhum dos outros narradores, nem há nenhuma outra personagem que me tenha ficado na memória… Patrick Modiano escreve muito bem, mas não penso voltar a ler um dos seus livros.


Classificação: 2



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