Autor: Sandra Brown
Editor: Hodder & Stoughton
Edição/reimpressão: 2004
ISBN: 9780340836392
Páginas: 426
Sinopse: Ten years ago Sayre Lynch escaped from her small Louisiana hometown. Now she must return to Destiny to bury her brother, and confront her manipulative father and the painful memories she attempted to flee.
As investigators raise questions about the nature of Danny's death, Sayre examines her family's turbulent relationships. Complicating her attempts to learn exactly how her brother died is Beck Merchant, her father's brilliant and canny attorney, who seems every bit as corrupt as her father. Yet despite her low opinion of Beck, Sayre finds herself irresistibly drawn to him.
Tension between the workforce and management is mounting in Sayre's father's steel mill. While another hotbed of lies, secrecy and depravity smoulders and then ignites within his own family...
A minha opinião: Quando ganhei este livro no Goodreads o ano passado, já tinha ouvido falar da Sandra Brown, pois já tinha sido editado por cá o Calafrio. Mas confesso que quando concorri nem reparei no nome do autor, limitei-me a ler a sinopse e, porque me agradou, concorri. Também não fiz a associação quando vi que tinha ganho... Imaginem a minha surpresa quando o livro chegou e me apercebi, finalmente, quem era o autor! Ainda para mais porque o prémio afinal era não um, mas dois livros da autora!
Portanto, quando parti para a sua leitura já sabia ao que ia. Esperava-me um thriller romântico com algumas cenas mais "quentes". Aliás, calor é o que não falta nesta leitura, não só entre o casal protagonista, mas sobretudo na atmosfera abrasadora e sufocante da pequena cidade de Destiny (que julgo ser fictícia, pois não encontrei qualquer referência à mesma), nas proximidades de New Orleans. Adorei a forma como a autora consegue fazer passar essa atmosfera para o leitor, reforçando-a com a lembrança das chaminés da fundição, sempre em funcionamento, que aumentam a sensação de sufocação.
Os vilões voltam a ser mesmo muito maus, mas são também humanos. E esta é outra das coisas que adoro nos livros de Sandra Brown, os vilões são maus como as cobras, mas são também reais. Podiam existir de verdade e, provavelmente até existem, que, infelizmente, não há só pessoas boas neste mundo... E no caso de White Hot, adorei os vilões pois existe uma lógica por trás das suas maldades, conseguimos perceber o porquê das suas acções, mesmo que as odiemos. Para mim, um bom autor é o que me faz adorar os heróis, mas também odiar os vilões e Sandra Brown consegue-o!
Também gostei muito da Sayre, achei-a uma mulher muito forte, apesar do (ou devido ao) seu passado triste e doloroso. Mantém-se fiel aos seus princípios e não hesita em fazer frente à própria família (que basicamente manda na cidade) para lutar por aquilo em que acredita e para desvendar o assassínio do irmão.
Onde o livro falha, para mim, é na relação entre Sayre e Beck. Sayre passa a história a desconfiar de Beck (por trabalhar para o seu pai), mas depois há algo que a faz pensar que ele se calhar não é tão mau como ela pensava e acaba por confiar nele... Eu sei, eu sei, faz parte da fórmula, mas aqui Beck trai a sua confiança por várias vezes (acabando por justificar porque o fez) e ela acaba sempre por lhe dar o benefício da dúvida / cair-lhe em cima. Numa dessas vezes ela só se lembra lhe pedir explicações mais tarde, é como se pensasse "ele não presta, eu não devia confiar mais nele, mas ele é tão giro...". Não me parece algo que uma mulher forte e inteligente como ela faria, mas enfim, acho que se pode culpar o calor...
Apesar deste pormenorzito irritante, gostei muito de White Hot, especialmente do final (que não sendo propriamente surpreendente, não deixa de ser muito apropriado). Não é o meu preferido, mas a autora continua a ser!
Classificação: 4
Portanto, quando parti para a sua leitura já sabia ao que ia. Esperava-me um thriller romântico com algumas cenas mais "quentes". Aliás, calor é o que não falta nesta leitura, não só entre o casal protagonista, mas sobretudo na atmosfera abrasadora e sufocante da pequena cidade de Destiny (que julgo ser fictícia, pois não encontrei qualquer referência à mesma), nas proximidades de New Orleans. Adorei a forma como a autora consegue fazer passar essa atmosfera para o leitor, reforçando-a com a lembrança das chaminés da fundição, sempre em funcionamento, que aumentam a sensação de sufocação.
Os vilões voltam a ser mesmo muito maus, mas são também humanos. E esta é outra das coisas que adoro nos livros de Sandra Brown, os vilões são maus como as cobras, mas são também reais. Podiam existir de verdade e, provavelmente até existem, que, infelizmente, não há só pessoas boas neste mundo... E no caso de White Hot, adorei os vilões pois existe uma lógica por trás das suas maldades, conseguimos perceber o porquê das suas acções, mesmo que as odiemos. Para mim, um bom autor é o que me faz adorar os heróis, mas também odiar os vilões e Sandra Brown consegue-o!
Também gostei muito da Sayre, achei-a uma mulher muito forte, apesar do (ou devido ao) seu passado triste e doloroso. Mantém-se fiel aos seus princípios e não hesita em fazer frente à própria família (que basicamente manda na cidade) para lutar por aquilo em que acredita e para desvendar o assassínio do irmão.
Onde o livro falha, para mim, é na relação entre Sayre e Beck. Sayre passa a história a desconfiar de Beck (por trabalhar para o seu pai), mas depois há algo que a faz pensar que ele se calhar não é tão mau como ela pensava e acaba por confiar nele... Eu sei, eu sei, faz parte da fórmula, mas aqui Beck trai a sua confiança por várias vezes (acabando por justificar porque o fez) e ela acaba sempre por lhe dar o benefício da dúvida / cair-lhe em cima. Numa dessas vezes ela só se lembra lhe pedir explicações mais tarde, é como se pensasse "ele não presta, eu não devia confiar mais nele, mas ele é tão giro...". Não me parece algo que uma mulher forte e inteligente como ela faria, mas enfim, acho que se pode culpar o calor...
Apesar deste pormenorzito irritante, gostei muito de White Hot, especialmente do final (que não sendo propriamente surpreendente, não deixa de ser muito apropriado). Não é o meu preferido, mas a autora continua a ser!
Classificação: 4
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Este livro conta para o Desafio Mystery & Suspense 2011.
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