sexta-feira, 26 de março de 2021

Opinião: "A Morte de Ivan Ilitch"

Título original: Смерть Ивана Ильича
Autor: Lev Tolstoy
Tradutor: Adolfo Casais Monteiro
Editor: Quasi Edições
Edição/reimpressão: Julho de 2008
ISBN: 9789895523665
Páginas: 96


Sinopse: Lev Tolstoi [Iasnaia Poliana, 1828 - Astapovo, 1910], ensaísta e romancista russo, é considerado um monumento da literatura universal. Conhecido sobretudo pelas obras-primas Guerra e Paz [1863-1869] e Ana Karenina [1873-1877], livros de forte pendor realista, admiráveis pela sua dimensão e unidade, Tolstoi é também um escritor genial nas narrativas breves, como se poderá constatar em livros como Sonata a Kreutzer [1890] e A Morte de Ivan Ilitch [1886]. Nestes trabalhos, que surgem numa fase final da sua actividade literária, é sobretudo a condição humana e as questões morais que ocupam o autor. 

Em A Morte de Ivan Ilitch, acompanhamos a agonia de um juiz ambicioso e respeitado que, confrontado com uma doença incurável e a inevitabilidade da morte, procura encontrar uma explicação para a sua agonia, reflectindo sobre o seu passado e sobre as suas opções pessoais e profissionais desde a infância. Um livro perturbante, que nos coloca diante do sofrimento, da solidão e da angústia da morte para nos pôr a pensar sobre o sentido da vida. 


A minha opinião: Li A Morte de Ivan Ilitch por recomendação de uma amiga. Está incrivelmente bem escrito e é de uma prosa belíssima, mas talvez não tenha sido a altura ideal para o ler... Depois de um ano de pandemia, uma história focada num moribundo que confronta a sua própria mortalidade e as escolhas que fez em vida é pesada, não importa quão bem escrita está... Ainda assim, não posso deixar de recomendar a sua leitura. E provavelmente irei relê-lo noutra altura. 

Ivan Ilitch é um juiz que, confrontado com a sua iminente morte, passa por todos os estágios da morte: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Também confronta as escolhas que fez em vida. Pensa em como, se tivesse oportunidade, teria feito algumas coisas de maneira diferente. E em como a sua vida seria se o tivesse feito... No fim aceita a inevitabilidade da vida e da morte. Muito bom mesmo. 


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