segunda-feira, 31 de março de 2014

Opinião: "O Grande Gatsby"

www.wook.pt/ficha/o-grande-gatsby/a/id/45930?a_aid=4e767b1d5a5e5&a_bid=b425fcc9
Título original: The Great Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Tradutor: José Rodrigues Miguéis
Colecção: Obras Literárias Escolhidas nº 16
Editor: Editorial Presença
Edição/reimpressão: Maio de 2013
ISBN: 9789722313698
Páginas: 176

Sinopse: O Grande Gatsby, considerado a obra-prima de F. Scott Fitzgerald, tornou-se não só um clássico da literatura do século XX, como o retrato mais expressivo da «idade do jazz», em todo o seu esplendor e decadência. Jay Gatsby é o herói que personifica o materialismo obsessivo e o desencanto do pós-Primeira Guerra Mundial. Imensamente rico e desprovido de escrúpulos, Gatsby procura preencher o vazio que o domina tentando impressionar e assim conquistar Daisy Buchanan, por quem se apaixonara na sua juventude mas que entretanto casara com o milionário Tom Buchanan. No entanto, na sua busca do amor e da inocência perdidos, Gatsby encontra apenas o fim de um sonho. Esta edição de O Grande Gatsby foi traduzida e prefaciada por José Rodrigues Miguéis. 

A minha opinião: É fácil perceber porque O Grande Gatsby se tornou num clássico da literatura. É uma história que retrata na perfeição o período do pós-Primeira Guerra Mundial nos Estados Unidos, mas, ao mesmo tempo é uma história intemporal, de amor, ilusão e desencanto.

A história é-nos narrada por Nick Carraway, vizinho de Jay Gatsby e primo de Daisy Buchanan e, por isso, inadvertidamente, acaba por se ver envolvido numa história que o mudará para sempre e que significará o final da sua inocência...

Gatsby e Daisy foram namorados em tempos, mas Daisy acabou por casar com o milionário Tom Buchanan, que por sua vez tem um caso com uma mulher casada. Gatsby nunca esqueceu Daisy e, agora que finalmente é, também ele, milionário, está decidido a reconquistá-la. E para isso dá festas opulentas e magnificentes na sua mansão que fica do outro lado da baía, mesmo em frente ao cais da casa de Daisy. As suas festas são o acontecimento da época e são frequentadas pela nata da sociedade. Mas na primeira vez que Nick vai a uma das festas descobre que praticamente ninguém conhece o anfitrião e que uma série de rumores circulam sobre o mesmo.

Graças a Nick, o reencontro entre Gatsby e Daisy acaba por se dar e a relação entre ambos é retomada. Mas a realidade nunca corresponde à expectativa e aos sonhos e planos que fazemos e esta história não é excepção. A obsessão de Gatsby por Daisy e por conseguir ter o futuro que lhe escapou no passado acaba por ter um final trágico. E é no final que vemos aquilo que, infelizmente, já todos sabemos: que é na infelicidade que os verdadeiros amigos se revelam. E é essa revelação que origina a catarse de Nick.

A edição que li contém também uma pequena biografia do autor e é impossível não perceber as semelhanças entre o mesmo e Gatsby (mas também com Nick, na sua percepção do desencanto com a realidade) e entre a sua mulher Zelda e Daisy.

Esta não foi uma opinião nada fácil de escrever e andou a ser adiada duas semanas... Mas ao escrevê-la finalmente, e ao reflectir sobre a história, acabei por me aperceber que gostei mais dela do que julguei inicialmente (passei a classificação de 3 para 4) e julgo que dificilmente a irei esquecer. O livro foi recentemente adaptado ao cinema e quero ver se não demoro muito a ver... 

Não sou muito de tomar nota de frases, mas não posso terminar sem deixar aqui uma frase da primeira página que me diz muito: 
Quando te sentires com vontade de criticar alguém, lembra-te disto: nem todos tiveram neste mundo as vantagens que tu tiveste.
Um lema pelo qual tento viver.

Classificação: 4

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