quarta-feira, 16 de março de 2011

Opinião: "The Facility"

Autor: Simon Lelic
Editor: Mantle
Edição/reimpressão: Janeiro de 2011
ISBN: 9780330522724
Páginas: 346

Sinopse: Henry Graves has dedicated his life to the prison service, but he is unprepared for the challenge his new and secret assignment brings. Tasked with managing a government facility hidden deep in the countryside, Henry finds himself tested as never before: by the confused and frightened prisoners, by the sinister Dr Silk and, above all, by his conscience.
Tom Clarke, a precocious but naive journalist, has his own problems meanwhile. His career – and his life – is turned upside down by the arrival of Julia Priestley, who seeks his help in finding her estranged husband, Arthur, an innocent dentist who has been arrested under severe new anti-terrorism legislation.
The authorities admit they have taken him but will not say where he is being held – or why. Discovering a trail that implicates those at the very top of government, Tom and Julia begin a quest to find Arthur, and the truth about his incarceration. But some people will stop at nothing to keep the facility’s secret hidden, and soon the couple find themselves fighting for their lives…

A minha opinião: Este livro tem o início mais "mas que raio?!?" que alguma vez li. Não é o estilo de thriller que costumo ler, mas já tenho visto vários filmes dentro do género. A sua história assusta pela facilidade com que poderia tornar-se real. Sem querer revelar demasiado, a história passa-se numa realidade alternativa, numa Grã-Bretanha dominada por um governo que, tendo sido democraticamente eleito, se serve de legislação anti-terrorista para efectuar uma governação totalitária uma vez que, ao abrigo dessa mesma legislação, podem, basicamente, fazer o que bem entendem.

A história começa com o interrogatório de Arthur Priestley, raptado não sabe por quem nem porquê, e é a esse interrogatório que me refiro quando falo de um início "mas que raio?!?". Quer dizer, aquelas perguntas, sem qualquer contexto (uma vez que se trata do início do livro), com aquela crueza de termos, foram o suficiente para me deixar agarrada... Era impossível para mim largar o livro sem saber o que se passava ali.

Os capítulos vão alternando entre a perspectiva dos principais intervenientes na história: Arthur que, depois de raptado e interrogado é enviado para uma instalação governamental, que nada mais é que uma prisão, sem saber de que é acusado; Julia, a sua mulher, que procura a ajuda de Tom Clarke, um jornalista crítico do governo e das suas medidas, para que a ajude a descobrir onde está o seu marido; e Henry Graves, o director da instalação, um homem dividido entre o dever e fazer o que está certo.

Rapidamente se percebe que os homens e mulheres prisioneiros na instalação têm todos uma coisa em comum (ou quase todos, uma vez que Arthur é "inocente"), mas é impossível compreender em que medida constitui um crime que justifique serem encarcerados na instalação.

É uma história que assusta pois, actualmente, e sobretudo após o 11 de Setembro de 2001, os países têm vindo a adoptar apertada legislação anti-terrorista, e faz-nos pensar até que ponto a mesma pode ser utilizada para justificar acções que nada têm a ver com o combate ao terrorismo. Mas ao mesmo tempo pareceu-me irreal a facilidade com que o governo subjugou a população e a comunicação social. Gosto de pensar que, se o mesmo acontecesse na realidade não iríamos tão facilmente e sem dar luta.

Classificação: 2

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Este livro (uncorrected proof) foi-me enviado pelo UK and Beyond Book Tours, para crítica englobada na Virtual Book Tour do livro.

Este livro conta para o Desafio Mystery & Suspense 2011.

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