segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Opinião: "Rapariga Com Brinco de Pérola"

Título original: Girl with a Pearl Earring
Autor: Tracy Chevalier
Tradutor: Ana Falcão Bastos
Editor: Grupo Cofina (Biblioteca Sábado)
Edição/reimpressão: Fevereiro de 2010
Páginas: 200

Sinopse: Na Holanda do século XVII Griet é filha de um pintor de azulejos protestante de Delft que perdeu a vista num acidente. Para ajudar a sua necessitada família, Griet tem de trabalhar como criada numa casa mais acomodada. Quando o pintor Jan Vermeer e a sua esposa a contratam, deixa a sua casa e começa bruscamente a vida adulta. A casa Vermeer, que alberga uma família católica com cinco filhos, a avó e uma criada mais velha, rapidamente se revela como um ambiente hostil. Catharina, a mulher de Vermeer, ficará com ciúmes de Griet, uma atractiva jovem com talento artístico, e a fiel empregada da avó começará a vigiar todos os seus movimentos.

A minha opinião: Esta é uma história deliciosa! A autora pega em factos verídicos, o pintor Jan Vermeer e o seu mais famoso quadro "Rapariga Com Brinco de Pérola", e cria toda uma história à volta de como esse quadro foi pintado. E fá-lo de forma brilhante pois fez-me acreditar que as coisas podiam mesmo ter-se passado assim. 

Gostei muito de Griet, uma rapariga que poderia ter uma vida bastante diferente não fosse o acidente no qual o seu pai perdeu a vista ter feito com que este não pudesse mais trabalhar. Sendo a filha mais velha, e uma vez que o seu irmão se encontrava a aprender o ofício de pintor de azulejos, Griet é forçada a ir servir para casa de Vermeer para ajudar a família. E logo de início percebemos que Griet não é uma criada como as outras. Tem uma sensibilidade muito grande para a pintura (quiçá resultado do facto do seu pai ser um conceituado pintor de azulejos) e um orgulho incomum para uma "simples criada". 

E é esta sensibilidade que a faz admirar profundamente Vermeer, uma admiração que acaba por se tornar em algo mais. Mas as qualidades de Griet não passam despercebidas a Vermeer que lhe confia a preparação das cores, obrigando Griet a autênticos malabarismos para conseguir conciliar essas funções com as suas funções de criada, mantendo-as em segredo. 

E depois há o terceiro vértice do triângulo amoroso, Pieter, o filho do açougueiro, apaixonado por Griet, que representa a sua saída de uma vida de servidão. Mas será que Griet é capaz de se afastar de Vermeer e dos seus quadros? 

Enfim, é uma história belíssima que os fãs de ficção histórica (como eu) não devem perder.

Classificação: 5

-------------------------------------------------------------------

Este livro conta para os Desafios What's in a Name 4 (Categoria Jewelry/Gem) e Fall Into Reading 2011.

2 comentários:

  1. Tenho este livro na minha wishlist. Estou com alguma curiosidade em lê-lo. Boas leituras!

    ResponderEliminar
  2. Se gostas do género ficção histórica, devias lê-lo. Acho que não te vais arrepender... Boas leituras para ti também!

    ResponderEliminar