Autor: Isabel Allende
Tradutor: Carlos Martins Pereira
Editor: Difel
Edição/reimpressão: Setembro de 2005
ISBN: 9722907050
Páginas: 400
Sinopse: O protagonista deste épico e intimista romance, Gregory Reeves, é um gringo que se fará a si próprio no mundo dos hispanos da Califórnia, e que encarna muitos dos defeitos e virtudes da nossa sociedade. Ao longo do livro, o leitor vai encontrar-se com os sentimentos da marginalização social e do racismo, com a paixão da actividade política, com os contrastes entre opulência e pobreza, com a patética realidade da guerra do Vietname, com a experiência da evolução do conceito de família, com a incessante busca e vivência do amor... que ao mesmo tempo leva Gregory Reeves ao seu pessoal Plano Infinito, intuído na sua infância quando o pai pregava.
Mais uma grande criação literária de Isabel Allende que, a partir de um início brilhante, vai manter no leitor, um constante interesse, até um final tão revelador, quanto surpreendente.
A minha opinião: Já tinha tentado ler este livro há dois ou três anos, mas na altura não consegui passar das primeiras páginas. Agora achei que era a altura certa para lhe dar uma nova hipótese e ainda bem que o fiz. Isabel Allende é uma das minhas autoras favoritas e ainda que não se tenha tornado um dos meus preferidos, gostei bastante deste Plano Infinito. Julgo ser o primeiro livro da autora em que o protagonista é um homem e uma vez mais a autora desenrola uma acção fictícia num cenário real. Assim, a história do protagonista, Gregory Reeves, funde-se com a história dos Estados Unidos da América, nas décadas de 60, 70 e 80. Através do percurso de Gregory (e das dezenas de personagens secundárias) ficamos a conhecer, por exemplo, o problema da imigração mexicana e do racismo subjacente, o problema do bullying (que na altura ainda não se chamava assim), a ascensão e queda do movimento hippie, a guerra do Vietname e o surgimento dos yuppies.
Uma das coisas que adoro nos livros da autora, e que também acontece em O Plano Infinito, é o facto de existirem muitas personagens secundárias que, mais tarde ou mais cedo, acabam por revelar a sua importância na história. Gostei sobretudo de Carmen, achei-a uma personagem muito forte que conseguiu vencer as adversidades e escolheu ser feliz.
O facto de ter dois narradores (o personagem principal e um que narra na 3ª pessoa) acaba por se tornar um pouco confuso às vezes, mas não retira prazer à leitura.
Classificação: 3
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